Mal, é tudo o que prejudica, incomoda ou fere a conduta correcta ou o direito, aquilo a que se diz de conduta dolosa, a conduta cujo motivo ou simplesmente o resultado seja injustificável, egoista ou inacreditável em relação ao tipo e valor do bem jurídico em causa. Acontece quando há intenção de violar a lei ilicitamente, ou de praticar um crime, ou quando o facto é uma consequência necessária da conduta, ou o resultado ou o seu agravamento se obtém por conformação, e não por motivo de legitima defesa ou necessidade (é a chamada conduta ilícita, ou seja o motivo do agente não se enquadra numa das causas de exclusão da ilicitude e/ou da culpa) e sendo pois o autor, um cúmplice ou um comparticipante, nos termos dos artigos 13.º, 14.º e 31.º do Código Penal (ver as definições de “bem, “dolo” e de “ilicitude”).
Contudo o mal não existe porque tudo o que não é relativo não existe, ou seja, o mal só acontece no meio de uma relação motivado pela perda do sentido lógico em determinada altura do acontecimento relativo, excepto a doença mental aguda ou doença do esquerdismo. Portanto o mal é sempre inconsciente ou uma cegueira, e especialmente um ponto de vista em relação a um interesse ou direito que desconhece o outro. Daí que a culpa só é verdadeiramente consciente quando o agente não rectifica o resultado depois de ser alertado para a ilicitude do facto.
Para garantir a legalidade imediata foi inventada a Censura, de modo a proteger a sociedade no dia-a-dia contra os erros, abusos do direito e a informação perigosa ou falsa. Quando não existe a Censura a sociedade anda sempre em convulsões e persegue-se a si mesma. A retirada da censura prova a intenção de criar um regime de ditadura ao mais alto nível do crime, em que a intenção habitual é eliminar uma comunidade para a substituir por outra verdade ideológica.
Há pessoas boas e más?
Exceptuando a doença do esquerdismo grave, não há pessoas boas e pessoas más, excepto como discriminação ou identificação, o que é são as verdades ideológicas de cada um, ou seja culturas, conjecturas e interesses, derivada de uma certa forma e meios de educação, ou de um cargo ou profissão, ou de um determinado estado de espírito ou estado psicológico perante o conhecimento que se tem de um facto ou ideia e a forma de chegar a um resultado. Em suma cada um tem a sua verdade ideológica e por isso é apenas uma meia-verdade, ou seja, para que a verdade seja justa é preciso ouvir a outra parte no contrato ou relação social. Daí que as pessoas se relacionam sempre em harmonia ou voluntariamente e em liberdade com a decisão mais justa, que é aquela em que nenhuma das partes se sente prejudicada.
Por causa disso foi necessário criar um meio de conter a conduta humana ao identificar direitos e deveres, restando tudo o mais em liberdade, para que fosse possível a igualdade e através desta a liberdade.
Ora o meio de conter a conduta humana é criar um estado de direito através da lei e de uma ordem jurídica (forma de encontrar a verdade justa), em que se define o que é proibido e o que é um dever, e tudo mais fica atribuído à liberdade do cidadão.
Pelo direito penal é proibido a prática de factos que preenchem um tipo de crime ou de conduta prejudicial desde que haja dolo (ilicitude ou culpa). Isto é, quando não haja motivos que se enquadrem nas causas de exclusão da ilicitude e da culpa o acto é sempre ilegal (com uma das formas de dolo e respectivas formas de crime.
Normalmente a culpa de todos os factos e também os praticados pelo ofendido é sempre do agente que comete a primeira ilicitude num certo acontecimento relativo, através de autoria, cumplicidade e comparticipação.
O mal pode ser a ilegalidade mas também não ter a coragem ou não resistir a uma ordem ilegal ou faltar ao dever de auxílio, ser facilitista ou ladrão, aceitar ou conformar-se sem agir em legitima defesa, no cumprimento da lei e do dever, sem o consentimento ou conhecimento antecipado de outrem, difundir ensino falso, a corrupção, a desigualdade, não fundamentar ou não explicar, usar chavões para esconder a intenção, é a homossexualidade, é omitir o dever de denúncia ou de auxílio estando em causa a pessoa humana, os bons costumes ou o bem social e económico, ou realizada por ordens contra direito de alguém ou de uma organização, ou omitindo o direito de resistência em caso de denegação de justiça ou de ditadura, e cuja consequência é um prejuízo geral e crescente para a humanidade.
OUTRAS DEFINIÇÕES: O mal é a verdade ideológica dos apologistas da liberdade ou agnosticismo, corrente ou intuição humana que acha que na natureza pode vencer o mais forte ou astuto. Tal é uma contradição, porque na natureza ninguém é o mais forte excepto inicialmente, ou seja até o mais fraco criar a sua defesa.
Os agnósticos acham que ninguém vai ser julgado porque Deus não existe e porque se Ele fosse o criador não era permitida a desigualdade (pensamento contraditório ao Bem e ao próprio Mal e igualmente com a doença do esquerdismo ou do egoísmo versus a comunidade considerada como um todo). Na realidade certa nem o Bem e nem o Mal são por si só ou penas uma delas o direito, a justiça, a igualdade, a liberdade e a paz. São apenas verdades ideológicas que aplicadas aos factos ou conduta de vida é que é obrigatório distinguir quais os factos de um acontecimento que são a verdade justa, ou seja a verdade justificável e por isso a obrigação de reconhecer o erro e de restituir a liberdade, a igualdade e a paz.
Ora, por qualquer meio conseguir impor a violação de uma lei (dever ou direito) sem qualquer legitimidade para o fazer ou sem o agente ter verificado o direito associado antes de impor o dever, o que só é possível ao agir sem fundamento nas causas de exclusão da ilicitude e da culpa, é um direito para as pessoas agnósticas. E, de facto, é um direito ter cada um a sua verdade ideológica porque a sociedade é indivisível, ou seja uns são apologistas do Mal e outros são apologistas so Bem, ambos convivem na mesma comunidade e só há quatro ordens que mobilizam a sociedade como actos relativos em sequência: O Mal, o Bem, a Negligência e a Anomalia Psíquica.
Destarte o Mal é um direito igual ao Bem para os agnósticos que consideram o Bem como a Ditadura, e o Bem é também um direito mas considerado apenas pelos defensores da verdade (igualdade e liberdades adequadas e possíveis). Ora o Bem é de igual modo uma verdade ideológica.
Mas o Mal resulta no materialismo e egoísmo e torna a comunidade caduca e decrescente, e o Bem visa a igualdade de tratamento, a responsabilidade em ordem a uma comunidade igual e saudável.
A questão é como se faz a liberdade, a igualdade e a liberdade justas, será pela via do Mal ou esquerdismo, ou pela via do Bem ou direita?
A resposta é: Não podemos ir por nenhuma das verdades ideológicas mas tão só pela verdade justa que resulta de ambas, sendo o perdedor obrigado a reconhecer o erro perante o direito e não perante a sua verdade.
Destarte, para saber a quem deve ser atribuída a razão é preciso identificar entre estas duas verdades ideológicas qual é a verdade-justa.
E a verdade justa é a que a lei, igual para ambas as verdades ideológicas, considera como não-ilícita.
Portanto, independentemente de o acto ser bom ou mau, de esquerda ou de direita, devemos aceitar como apenas legal e não-reprovável a conduta que seja a verdade-justa, não como Estado de Direito mas como Estado Justo.